Fenômeno desfenomenado

O fãs do Ronaldo Fenômeno e ele próprio que me perdoem, mas a sua situação, quando tratada por galvões buenos, lucianos dos valles de Xanxerê e outros especialistas da área sobre jogadores não tão stars como ele, mas que sofreram contusões semelhantes às suas, no seu derradeiro jogo, resume-se num chavão que é como um estigma para o jogador: “- É, esse não tem mais jeito, não! Tá podre! Já era!”

Desejo, de todo o coração, que ele se recupere, pelas alegrias que nos proporcionou até antes da última Copa do Mundo, mas não o perdôo, não o perdôo de jeito nenhum, pela palhaçada que ele fez na penúltima copa, quando perdemos para a França porque ele estava com aquela caganeira desgraçada, e nesta ultima também, para a mesma França, do grande Zidane, quando a molecagem foi do time todo, destacando-se, entre todas as outras desvairadas, a bicha louca do Roberto Carlos.

Recomendo que dentro dos nove meses previstos para sua recuperação de araque, pois, apesar de tudo, no final o seu joelho ficará parecendo o manchão da câmara de ar da bicicletinha da minha netinha Duda, uma receita que tirei da farmacoteca da minha sogra Inácia, há onze sofrendo a transmutação do seu corpo para poeira de estrela no Cemitério Senhor dos Passos, aqui na Princesinha do Vale, e que recomenda, para casos parecidos com o seu, canja de galinha carijó, chá de picão da serra e pomada de gordura de porco misturada com leite tirado da casca de mamão verde, pra passar nas assaduras da sua bundona, que deverá permanecer com o rego assado e irritado de tanto ficar deitadão vendo revistas de mulheres peladas.

E me faça o favor de desaparecer do noticiário, porque não quero acompanhar a lenga-lenga do seu dia-a-dia nem quantas gramas de peso perdeu no decorrer dos próximos nove meses. Ainda mais, e por causa de tudo isso, sossega o bico, pendura as chuteiras e vá pros quintos dos infernos! Ou pro raio que o parta!

I bibida prus músicus!