domingo, 21 de dezembro de 2008

O mistério da forma de alumínio esclarecido

Tenho uma matéria inacabada neste blog intitulada ”O mistério da forma de alumínio”, cuja personagem única é esta forma da fotim aí do lado. Concluí-la-ei agora! Para quem não sabe do que se trata, pode, se quiser, tomar conhecimento dela dando uma simples, singela e suave cutucada neste link. Vai despencar aqui de cima que nem foguete brasileiro!

Muuuuito que bem! Por conta dessa dívida para com aqueles que têm a pacença de me acompanhar, confesso que andei por estes dias pré-carnavalescos, ops!, digo, pré-natalinos, ruminando que nem vaca de presépio sobre o que escrever para a conclusão do graaaande mistério criado por mim naquela postagem e que, afinal, não é tão grande como a minha propalada verborragia propala nem tão misterioso quanto a minha inteligência permite bolar, respeitados os limites da minha inútil veia filosófica sobre assuntos culinários.

E, por incrível que apareça, não preciso escrever nada, só reproduzir, porque o comentário deixado por uma ilustre visitante no meu blog a respeito do assunto misterioso, do qualmente comentário me aproprio e aqui posto, é mais esclarecedor e objetivo, assim como mais gostoso de se ler do que se fosse eu quem o tivesse escrito ou escrito uma rabisqueira diferente de próprio punho para terminar o que não terminei.

De formas tais que sem menos nem mais, reproduzo integralmente o texto do comentário da visitante que se identificou como Cristina Salomão, destacando que realizei umas pouquíssimas correções nele, simples trocas de letras (erros datilográficos), que a comentarista deixou passar batidas, literalmente, talvez mais preocupada com algum refogado que estava a fazer na cozinha, que podia estar perigando de queimar, ao mesmo tempo em que datilografava as suas bem traçadas linhas.

Lá vai:

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Anônimo disse...

Prezado Sr.Norivaldo:

"O mistério da forma de alumínio" é, sem dúvida, uma reportagem muito interessante, especialmente porque a maioria das pessoas desconhece a finalidade da mesma. Mas, no auge dos meus 45 anos, tenho utilizado, e muito, este utensílio, aprendi com minha mãe há algumas dezenas de anos, pois há muito tempo me aventuro na arte de cozinhar. Mas o que me levou a postar esta mensagem, é que me lembrei de uma senhora minha amiga, que se estivesse entre nós hoje estaria com aproximadamente 90 anos. Pois bem, deixemos sua idade para lá e voltemos ao caso da forma de cone. Muito bem, esta senhora, no alto dos seus 72 anos viu este utensílio em minha casa, exatamente em cima da mesa, em um dia de domingo que fora almoçar com minha família (eu, meu marido e minhas três filhas), ao ver a dita cuja da forma de cone alto exclamou sem o menor pudor: "- Meus Deus, uma forma de estuprar frango! Não tive como conter o riso. Após tantos anos, ainda possuo a mesma forma, e nela faço um frango sem gordura, que fica altivo sentado no cone (coitado!), e ainda hoje, a cada vez que a uso, me lembro de minha velha amiga, que infelizmente já foi para... sabe-se lá, mas deve ainda exclamar a frase sobre o meu utensílio cada vez que me vê fazendo um belo frango/pato/peru assado.

Abraços

Cristina Salomão

14 de Dezembro de 2008 23:56


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Viram? Ou melhor, leram?

Então vejam a fotim do faisão assado que preparei hoje pro nosso almoço:

Fica, conforme a Dona Cristina disse, sem gordura e bonito. Para ficar com os braços, digo, com as asas abertas, como que esperando aquele abraço, atravesso o peito do condenado com uma haste de arame de cobre, cujas pontas ostentam dobras em forma de “L”, introduzindo-as entre os ossinhos perto das pontas das asinhas, que, depois de bem assadinhas, ficam crocantesinhas, semelhantes a torresminhos. Com essa abertura de asas, até os sovaquinhos do coitadinho ficam tostados.

Este faisão da fotim, de 2,3 kg, custou R$ 6,23 e demorou 2 horas redondas pra ficar pronto, à temperatura de 220 ºC.

Temperei com:

3 colheres de sopa de sal refinado;

3 colheres de sopa de tempero baiano;

3 colheres de sopa de colorau.

(Se alguém tiver outra receita, passa pra mim que publico aqui.)

Perto de minha casa, aqui no Manejo, existem uns seis locais onde se vendem frangos assados. O meu preferido vende cada um por R$ 14,00, com direito a um refrigerante de 2 litros (vendidos nos supermercados por até R$ 1,19) e a um saquinho de alumínio com umas 50 gramas de farofa que, pelamor di Jisuiz, dispenso!

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Obrigado, Dona Cristina Salomão, pela visita ao meu blog, pelo comentário e pelas dicas (tem um peru temperado que um dos meus filhos ganhou no ano passado e deixou guardado desde então aqui no nosso freeser. Seu destino final já está traçado: neste natal ou na passagem do ano será devidamente estuprado sem choro nem vela e assado nos conformes. Tão logo saia dos bastidores do forno, bato, talvez, uma fotim dele pra publicar aqui. E volte sempre, por favor!

- I bibida prus músicus!

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